Tanto já tenho o que quero,
Que quero.
Em verdade, não queremos nada que já não tenhamos.
Ao menos em desejo, em imagem, em sonho
Em palavra, em gosto, em prece
Uma notícia boa que bem não se concebe
É que já contemos o que desejamos
E se não tocamos o que queremos
Se não o levamos para casa, para cama ou para nossos planos
É porque não cremos num fato inconteste:
É do poder de crer que nos criamos.
O desejo, quando nasce, fortalece
E se não é matéria, é real
E se não é tangível, tem sabor
E porque não saborear o que ainda não tocamos?
Afinal, assim como o olfato, tantas vezes, antecede o tato
O sonho antecede o fato.
(01/02/2008)
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