Nem tudo que falo,
Nem tudo que digo,
É sagrado, é escrito
Nem tudo que calo,
Nem tudo que mato,
É silêncio, é prisão
Na terra do “sim” e do “não”
Sou “talvez”
No breu que apavora, lampião
Do vento que vai, sou sopro que vem
E do que vem, furacão
Por isto adeus para quem parte
Sou pedra em sapato, atrevida
Em terreno deserto, sou caule que fica
E atravanca o caminho do facão
Por isto adeus para quem fica
Entre passagem e bagagem, sou a primeira que parte
Para aqueles que vêm, já vão tarde
Sou caule que brota apesar do facão.
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