Não
Não me falaram daquilo que quebra,
Daquilo que choca,
Daquilo que mata, ainda quando vivo nos preserva
Apenas para sentirmos a dor da queda
A dor do corte
A dor da faca
Que sequer exige pele
Que sequer exige corpo
Que dissipa e fere alma
Que frustra e retalha a calma
Tecendo apenas o que desespera
Não
Não me falaram daquilo que sangra
Daquilo que transborda
Daquilo que transporta cada gota de nossos mais sagrados líquidos
Ainda quando não se derrama sangue
Ainda quando se prescinde de veia
Ainda quando se prescinde de pulso
Ainda quando se prescinde de curso
E nos faz jorrar para fora de nós mesmos
E nos faz vazios, ainda quando cheios
E nos faz esteio do peso do mundo inteiro
Mas, mesmo sem aviso, descobri
E me expulsei de ti e de mim
E te expulsei de mim e por fim
Vejo que nos perdemos, antes mesmo de nos achar
Eu, em forma de poça, estanque
Tu, em forma de rio, passante
Nós em forma de líquido
Que o sol forte, naquela tarde, fez evaporar.
Não me falaram daquilo que quebra,
Daquilo que choca,
Daquilo que mata, ainda quando vivo nos preserva
Apenas para sentirmos a dor da queda
A dor do corte
A dor da faca
Que sequer exige pele
Que sequer exige corpo
Que dissipa e fere alma
Que frustra e retalha a calma
Tecendo apenas o que desespera
Não
Não me falaram daquilo que sangra
Daquilo que transborda
Daquilo que transporta cada gota de nossos mais sagrados líquidos
Ainda quando não se derrama sangue
Ainda quando se prescinde de veia
Ainda quando se prescinde de pulso
Ainda quando se prescinde de curso
E nos faz jorrar para fora de nós mesmos
E nos faz vazios, ainda quando cheios
E nos faz esteio do peso do mundo inteiro
Mas, mesmo sem aviso, descobri
E me expulsei de ti e de mim
E te expulsei de mim e por fim
Vejo que nos perdemos, antes mesmo de nos achar
Eu, em forma de poça, estanque
Tu, em forma de rio, passante
Nós em forma de líquido
Que o sol forte, naquela tarde, fez evaporar.
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