O que não vivo me espreita, me vigia
Espera meu desalento,
Meu desabrigo
Para assustar-me,
Afrontar-me,
Amaldiçoar-me,
Chamando-me de covarde,
Devassando-me a carne,
Lançando anzóis,
Alargando feridas,
Erguendo-me em guindastes,
Arrancando-me do que vivo
O que não vivo pesa
Em ausência, em vazio
Em silêncios, em suspiros
São estas suas unidades de medida
Que, ao menor descuido do pêndulo,
Oscilam
Reduzindo o que vivo em metragem,
Em valia,
Em sentido
E assim,
De ombros curvados,
O que não vivo, carrego
Vivo
Comigo.
9 comentários:
Linda Poesia!!
Linda Poesia!!
porra...
fazia muito tempo que eu n lia uma coisa assim
;]
massa!
Caríssima, passei para ler, deliciar-me na sua arte.
Ando um pouco afastada da net mas espero retornar com energia.
Especiais e belas as suas palavras, seus poemas, contos, romances, arte.
Abraços mil e luz para nossos dias.
Eis que até o que não se vive tem vida latente por aqui (como aquele seu próximo conto, com os milhões de finais que não vivi...rs)
Beijos com muito carinho e saudades demais.
A fonte que enche de poesias o poeta não tem noite nem dia.Sua luz é eterna nascente de inspiração inesgotável.
A tristeza é só mais uma alimento para dar força a sua criação.
Parabens!
Lindo seu trabalho
G.Pessoa
(dog_atinha@hotmail.com)
Recife-PE
Breve comentário, apenas para dizer que é extremamente prazeroso passar aqui no intuito de ver, ler e sentir o seu ‘brincar’ com as palavras. Faz bem a alma e, como toda poesia bem escrita, faz pensar e latejar os sentidos. Obrigada!
"Eu queria tanto, tanto estar junto de você e conversar e contar experiências minhas e de outros. Você veria que há certos momentos em que o primeiro dever a realizar é em relação a si mesmo. Eu mesma não queria contar a você como estou agora, porque achei inútil."
"Nem sei como explicar minha alma"
SIMPLESMENTE SEM PALVARAS ESSAS SUAS PALAVRAS!!!!!!!!!!!!!
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