Dá-me tua mão
Atravessemos esta porta
No primeiro passo, o aconchego de um quarto nosso
Que existe além dos muros, além das rotas:
Cá conosco
Quando estou contigo
Dá-me tua mão
Façamos de nossa carne abrigo
Entrelacemos nossos corpos
Dentro de ti, dentro de mim hão de verter preciosos líquidos,
Hão de tilintar cálices de vinho,
Enquanto nossas bocas renascem em tantos beijos nossos
Dá-me tua mão
E gira esta chave
Façamos uso de cada trinco,
De cada porta,
Para que nada além da leveza que nos traga invada
E continuemos próximas
Dá-me tua mão e não tenhamos medo
Nossos desejos são pares, assim como nossos poros
E a cada eriçar de pele sentimos o quanto somos nossas
Estamos de mãos dadas finalmente
Caminhemos
E pouco importa a espera de outrora
E pouco importam os recipientes
Preenchamos nossas almas de presente
Conjuguemos nossos verbos no agora.
5 comentários:
Olha,
concordo com A mel "daria uma bela canção".
Parabens a vc e também à MEL por tamanha sensibilidade e observação.
Perfeita nos mínimos detalhes.
Bj
Nell
dog_atinha@hotmail.com
Olá Marina,
Gostei muito das suas poesias...
muita sensibilidade e musicalidade...
Eu gosto destes versos que fluem assim, soltos, num fluxo natural.
Além do bom uso das palavras.
Voltarei mais vezes!
Lindo o texto.
beijos!
Nossa... fiquei sem fôlego! Amei esta poesia!!! Sorte sempre em seu caminho! =) .::Rose Saffirah::.
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