quinta-feira, 10 de março de 2016

A-NORMALIDADE



Amei uma igual E dilaceraram meus sonhos, Rasgaram meu nome, A-normalizaram meu gosto. Das farpas, fiz agulhas Das intrigas, linha De meu orgulho, pontos Costurei-me outra Não marionete do mundo: Dona. Mesmo refeitos, Dispensei os sonhos, Concretizando-os Meu nome? Restaurei, dando-lhe complemento Meu gosto? Continua o mesmo A anormalidade é de quem não vê Que amar não fere, Não ofende, É o maior dos presentes, Senhor dos risos, não dos prantos, Torna-nos mais fortes, Inteiros, Valentes. Por isso Amei uma igual E, por ser o meu normal, Continuo amando.

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