sexta-feira, 27 de maio de 2016
LUTO
As mulheres abrem suas almas
Doam seu sangue
Devassam seus sonhos
Por um homem
Enquanto isso
Dezenas de malditos
Abrem suas pernas
Fazem jorrar seu sangue
Devassam sua carne
Para provar o que a outros homens?
Quão sombrio ainda pode ser o machismo nessa Era de fomento?
O que se há de fazer além de um estampido coletivo em lamento?
Não basta vestir luto:
Lutemos!
sexta-feira, 13 de maio de 2016
TÃO POUCO
Quando criança,
Tudo o que precisamos para ser feliz
É de uma cabana de pirata no meio da sala.
Dentro:
Duas almofadas,
Um gibi com a metade das páginas,
Um carro de plástico.
O resto do espaço, preenchemos com sonhos
E isso nos basta.
Adultos, crescemos por fora, mas encolhemos por dentro.
Queremos um apartamento com várias suítes,
Mais de cem metros quadrados,
Sala para três ou quatro ambientes.
Dentro:
Cama king size,
TVs de Led,
Clássicos literários
E seres-humanos para nos servirem o café da tarde
Como se não tivéssemos mãos e pernas para buscar o que queremos
O resto...
Que resto? Não há mais espaço.
Tudo queda abarrotado e há um imenso vazio por dentro.
De casa cheia e sonhos ocos,
Nos tornamos adultos
E nos consideramos ricos,
Com tão pouco.
quinta-feira, 5 de maio de 2016
MICROCONTOS: Uma micro (?) explicação
MICROCONTOS
− Uma micro (?) explicação −
Começo
com uma confissão. Nunca me saí bem com resumos. Não consigo nem relatar um evento
com brevidade numa mera conversa regada a café. Juro! Enfim, encurtar os
caminhos, ainda mais os escritos, não vinha sendo meu estilo até que... resolvi
(re)criar os MICROCONTOS.
Bem
por isto, talvez eles sejam apenas uma forma de eu me policiar, de eu aprender
a usar menos palavras e, ainda assim, traduzir grandes momentos. Resumindo − sim, agora essa é a meta,
acreditem! −, tentarei criar histórias com enredos, cenários, personagens e até
diálogos de maneira rimada e curta, sem deixar escapar o que realmente importa
e todos procuram: a emoção. Espero que vocês e eu encontremos algum êxito.
Afinal, encurtar também pode fazer bem aos olhos míopes e coração.
Com
apreço,
M.
PORTECLIS (já que é para abreviar...)
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