Um sopro de razão me inunda
Faço planos e logo sinto medo
Crio-me taça de cristal: côncava, frágil, funda
Enquanto espero que o acaso não me apanhe de surpresa
A transparência me veste
Enquanto a nudez do que sinto circunda
Inundam-me de vinho
Líquido rubro da razão ausente
Realizo parte dos sonhos,
Ainda que tropegamente
Mas já não temo
Ponho o pé no chão e finalmente percebo:
Nunca há controle, ainda quando se crê nele
Crio-me corpo de pele e sangue
É melhor assim
Fluxo e refluxo
Sagrado e profano
Firme e flácida esperança que voa e pousa e caminhaem mim
Torno-me então taça de carne sobre a mesa
Banquete do qual sou caçadora e presa
A espera do próximo gole para, novamente, tornar-me vazia
Taça de cristal oca e fria
Taça sem vinho,
Corpo sem sangue,
A esperança alçou vôo e não me deixou inteira
Hei de lembrar que razão e sua ausência se entremeiam
Eis o equilíbrio necessário à vida
Antes de sabê-lo, todavia
Anos a fio e com tristeza
Eu bebi a mim mesma
Faço planos e logo sinto medo
Crio-me taça de cristal: côncava, frágil, funda
Enquanto espero que o acaso não me apanhe de surpresa
A transparência me veste
Enquanto a nudez do que sinto circunda
Inundam-me de vinho
Líquido rubro da razão ausente
Realizo parte dos sonhos,
Ainda que tropegamente
Mas já não temo
Ponho o pé no chão e finalmente percebo:
Nunca há controle, ainda quando se crê nele
Crio-me corpo de pele e sangue
É melhor assim
Fluxo e refluxo
Sagrado e profano
Firme e flácida esperança que voa e pousa e caminha
Torno-me
Banquete do qual sou caçadora e presa
A espera do próximo gole para, novamente, tornar-me vazia
Taça de cristal oca e fria
Taça sem vinho,
Corpo sem sangue,
A esperança alçou vôo e não me deixou inteira
Hei de lembrar que razão e sua ausência se entremeiam
Eis o equilíbrio necessário à vida
Antes de sabê-lo, todavia
Anos a fio e com tristeza
Eu bebi a mim mesma