Mundo obtuso
Onde um estudioso vale menos do que um estúpido
Mundo hipócrita
Marcado pela diferença
Mas que ergue bandeiras à intolerância fincadas em modelos retrógrados
Mundo confuso
Onde se deseja o progresso construindo menos estradas e mais muros
Mundo medíocre
Onde se comemora o futebol, o carnaval, a cerveja, a mulher à mesa, as “riquezas”
Encobrindo as crises
Mundo perverso
Onde se tolera a miséria, o crime, as guerras
Mas se repudia o amor entre os do mesmo sexo
Mundo religioso
Onde o nome de Deus está na boca de tantos padres e pastores
Que cospem na cara dos outros
Mundo raquítico
Onde ou se é desnutrido de corpo ou de espírito
Mundo sólido
Tijolos de ignorância, preconceito e ódio
Mundo cão
Onde se diz “sim” ao que merece “não
Mundo nosso.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
MAS DE QUEM É A CULPA?
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quarta-feira, 3 de novembro de 2010
O QUE DESEJO (Poesia)
Eu quero mudar de pais e de país
Quero uma sociedade justa e feliz
Onde o outro não seja o algoz e queira me punir
Por eu ser tudo o que sou e não ter medo
Eu quero um coração sem cicatriz
Que não tenha que se renovar a cada instante que bate
A cada punhalada que adentra à carne
Diante da fraqueza dos amigos
Diante da ausência de defesa
Diante de minhas causas gigantescas
Eu quero uma vida que não mate
Quero ouvir os políticos sem asco
Quero acreditar que vai dar certo o diálogo
Que, dia a dia, travo com os outros e comigo mesma
Eu quero aceitar a covardia alheia
Quero lidar melhor com minha coragem
Para que ela não me fira mais do que proteja
Eu quero olhar o outro sem sentir vergonha por ele
Eu quero ter menos orgulho de mim mesma
Para que eu não destrua quem, erroneamente, penso estar abaixo
Afinal, “somos todos iguais”
E, sem sarcasmo, preciso lembrar a máxima que tanto defendo
Eu quero uma memória mais curta
Que não me jogue na cara as falhas que sempre cometo
Que não me reporte, antes do sono, à dor do cárcere que tanto conheço
Que não me faça reviver, insone, meus maiores pesadelos
Enfim,
Eu quero desaprender a refletir,
Eu quero desaprender a me iludir,
Eu quero desaprender a escrever,
Para não ter que continuar a sentir
A cada palavra que, inutilmente, escrevo
Tudo isto
Que, na verdade, é sempre o mesmo
É tudo o que desejo.
Quero uma sociedade justa e feliz
Onde o outro não seja o algoz e queira me punir
Por eu ser tudo o que sou e não ter medo
Eu quero um coração sem cicatriz
Que não tenha que se renovar a cada instante que bate
A cada punhalada que adentra à carne
Diante da fraqueza dos amigos
Diante da ausência de defesa
Diante de minhas causas gigantescas
Eu quero uma vida que não mate
Quero ouvir os políticos sem asco
Quero acreditar que vai dar certo o diálogo
Que, dia a dia, travo com os outros e comigo mesma
Eu quero aceitar a covardia alheia
Quero lidar melhor com minha coragem
Para que ela não me fira mais do que proteja
Eu quero olhar o outro sem sentir vergonha por ele
Eu quero ter menos orgulho de mim mesma
Para que eu não destrua quem, erroneamente, penso estar abaixo
Afinal, “somos todos iguais”
E, sem sarcasmo, preciso lembrar a máxima que tanto defendo
Eu quero uma memória mais curta
Que não me jogue na cara as falhas que sempre cometo
Que não me reporte, antes do sono, à dor do cárcere que tanto conheço
Que não me faça reviver, insone, meus maiores pesadelos
Enfim,
Eu quero desaprender a refletir,
Eu quero desaprender a me iludir,
Eu quero desaprender a escrever,
Para não ter que continuar a sentir
A cada palavra que, inutilmente, escrevo
Tudo isto
Que, na verdade, é sempre o mesmo
É tudo o que desejo.
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